Como é
bom acorda de manhazinha
No
aconchego da minha residência
Minha
esposa com amor e paciência
Preparando
meu café na cozinha,
Depois
vou dar milho pra galinha,
Dos
pintinhos, limpar o seu viveiro,
Dou
milho pros porcos no chiqueiro,
Limpo a
tina que os boto pra beber.
Faço
graveto de pau pra ascender,
Forno a
lenha no jirau lá do terreiro.
*
Pego uma
foice de roça afiada,
E de
lado um facão na cintura,
Vou pra
baixa de terra que perdura
Um
capim pelos meses de estiada.
Levo um
jegue e cangalha emparelhada,
Meu pé
duro fumaça que espelha,
Enfezando
a colméia de abelha,
Ao pé
d’água do cocho e cacimbão.
Corto
as pressas o capim do grotilhão
E vou
logo moer para as ovelhas.
*
Não
esqueço se quer de um só dia
De
chiqueirá os bezerros no curral,
Pra tirar
o amargo do bamburral,
Dou
ração e mais outras iguarias.
Cada
qual tem seu peso, sua quantia,
Minhas
vacas são sempre admiradas.
Boas de
leite, formosas e pesadas,
Que nem
mesmo o verão faz descair.
Sem
faltar eu dou para quem pedir,
Leite,
queijos, doces e qualhadas.
*
Vou pra
roça alegre e satisfeito,
Trabalhar
e tirar o meu sustento
O
trabalho é fonte de alimento,
Sou
honesto, por isso bato no peito.
Sertanejo
é assim e não tem jeito,
Só quer
ver sua família viver bem.
No
bolso às vezes nenhum vintém,
O que
importa é a barriga cheia
Não
inveja, nem cobiça coisa alheia,
Só
agradece a Deus tudo que tem.
*
Quando
chega a noite, seis e meia,
Meu
amor traz a janta bem quentinha
Enfeitando
a mesa da cozinha,
Dos
sabores nortistas ela está cheia.
Oro
antes de começar a ceia
Com fervor,
dá pra vê meu lagrimejo,
Tudo
ali é fruto de pelejo,
Abençoou
os filhos na dormida
Abraço
e beijo minha querida
Sou feliz, me ORGULHO DE SER SERTANEJO.
Roseno
Oliveira,
18 de Julho de 2014.
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