Dicionário básico de autores de cordel
ANTONIO
ALVES DA SILVA nasceu em Mata de São João - Bahia, no dia 7 de junho
de 1928. Começou a escrever Literatura de Cordel aos 18 anos. Seus
primeiros folhetos foram adquiridos por Rodolfo Coelho Cavalcante, poeta
alagoano radicado em Salvador-BA. Antonio já morou na capital baiana e
no Rio de Janeiro, onde trabalhou ao lado do lendário Mestre Azulão, seu
melhor amigo no campo da poesia popular. Há mais de 40 anos reside em
Feira de Santana-BA. É casado e tem seis filhos. Escreveu mais de 100
cordéis e já venceu cinco concursos do gênero, sendo três em Salvador,
um em Feira de Santana, e o mais recente em São Paulo, no qual ganhou um
computador completo. Todos os concursos foram vencidos em 1º lugar. Bibliografia básica: João Terrível e o dragão vermelho, Maria Besta Sabida, João Azarento na corte da rainha Maravilha, As palhaçadas de João Errado, Últimos dias de Antônio Conselheiro na Guerra de Canudos.
ANTÔNIO AMÉRICO DE MEDEIROS é
natural de São João do Sabugi-RN, onde nasceu a 7 de fevereiro de 1930.
cantador profissional, começou a percorrer o Nordeste com sua viola aos
15 anos, em 1945. Criou um programa de violeiros na Rádio Espinharas,
de Patos-PB, em 1960, permanecendo 23 anos no ar. Em 1977 escreveu seu
primeiro romance História completa da Cruz da Menina, do qual já
publicou diversas edições. Mesmo durante a maior crise da Literatura de
Cordel, que aconteceu no período de 1988 a 1998, manteve sua banca de
folhetos no Mercado Público de Patos, sempre com um estoque acima de 200
títulos, inclusive obras de autores consagrados como Leandro Gomes de
Barros, José Pacheco e José Camelo de Melo Resende. Nessa atividade,
permanece até os dias de hoje.Antônio Américo segue a linha dos velhos mestres, escrevendo histórias longas e bem feitas, geralmente de 48 páginas. São de sua autoria os seguintes títulos: A moça que mais sofreu na Paraíba do Norte , A vida de Antônio Silvino, Lampião e a sua história contada em cordel, Os mestres da Literatura de Cordel, O marco do Sabugi, História da Guerra de Juazeiro do Padre Cicero em 1914, A fada do Bosque Negro e a Princesa de Safira, O fracassado ataque de Lampião a Mossoró, A vida de Lampião - intriga, luta e cangaço, História completa da Cruz da Menina.
(Por Arievaldo Viana)
ANTÔNIO FRANCISCO TEIXEIRA DE MELO nasceu em Mossoró-RN aos 21 de outubro de 1949. É filho de Francisco Petronilo de Melo e Pêdra Teixeira de Melo. Antes de se dedicar só ao cordel fazia placas de carro e xilogravuras., Fez muitas viagens de bicicleta pelo Nordeste. Cresceu no bairro de Lagoa do Mato, ao qual dedicou um poema antológico em ritmo de galope à beira-mar, onde reside ainda hoje. É Bacharel em História pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Aos 46 anos iniciou sua carreira literária e sua primeira poesia foi “Meu Sonho”. Sua obra abrange dezenas de folhetos de cordel, reunidos em duas antologias: Dez Cordéis num Cordel Só e Por Motivos de Versos. Eleito para a Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), ocupa a cadeira de número 15, do patroneada pelo poeta cearense Patativa do Assaré. Outro poema seu, Os animais têm razão, foi transformado em livro infantil e publicado pela editora IMEPH, de Fortaleza, Ceará.
ANTÔNIO FRANCISCO TEIXEIRA DE MELO nasceu em Mossoró-RN aos 21 de outubro de 1949. É filho de Francisco Petronilo de Melo e Pêdra Teixeira de Melo. Antes de se dedicar só ao cordel fazia placas de carro e xilogravuras., Fez muitas viagens de bicicleta pelo Nordeste. Cresceu no bairro de Lagoa do Mato, ao qual dedicou um poema antológico em ritmo de galope à beira-mar, onde reside ainda hoje. É Bacharel em História pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Aos 46 anos iniciou sua carreira literária e sua primeira poesia foi “Meu Sonho”. Sua obra abrange dezenas de folhetos de cordel, reunidos em duas antologias: Dez Cordéis num Cordel Só e Por Motivos de Versos. Eleito para a Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), ocupa a cadeira de número 15, do patroneada pelo poeta cearense Patativa do Assaré. Outro poema seu, Os animais têm razão, foi transformado em livro infantil e publicado pela editora IMEPH, de Fortaleza, Ceará.
ANTÔNIO
TEODORO DOS SANTOS (O Poeta Garimpeiro), nasceu em Jaguarari, BA, em 24
de março de 1916, e faleceu em 23 de dezembro de 1981, em Senhor do
Bonfim, BA, perto da sua cidade natal, Jaguarari, onde estava residindo
desde 1979. Antigo garimpeiro (de onde surgiu seu cognome), foi vendedor
de folhetos de versos populares, além de poeta. Autor bastante fecundo,
sua obra principal foi Vida e tragédia do Presidente Getúlio Vargas (publicado
pela Editora Prelúdio), da qual se venderam 280 mil exemplares, e que
mereceu uma análise especial do Prof. Raymond Cantel, diretor do
Instituto de Estudos Portugueses e Brasileiros da Sorbonne, Paris.
Teodoro foi o grande nome dos primórdios do cordel na Prelúdio, tendo
sido autor de muitos sucessos lançados pela antecessora da Luzeiro. Bibliografia básica : A grandeza de São Paulo, João Soldado, o valente praça que meteu o diabo num saco, Maria Bonita a mulher cangaço, O encontro de Lampião com Dioguinho, O jogador na igreja, O Neto de José de Souza Leão, Piadas do Bocage, A Sereia do Mar Negro.
APOLÔNIO ALVES DOS
SANTOS nasceu em Serraria, PB, aos 20 de setembro de 1926. Em seus
documentos, no entanto, consta como nascido em Guarabira-PB, cidade para
onde foi levado e onde foi criado desde a infância por seus pais,
Francisco Alves dos Santos e Antonia Maria da Conceição. Começou a
escrever folhetos aos vinte anos. Seu primeiro romance foi Maria Cara de Pau e o Príncipe Gregoriano,
que, não podendo publicar, vendeu a José Alves Pontes, lá mesmo em
Guarabira. A venda se efetuou em 1948, mas o romance só foi impresso no
ano seguinte. Em 1950, tentando melhorar de vida, foi para o Rio de
Janeiro, onde trabalhou na construção civil como pedreiro ladrilheiro,
e, em 1960, foi trabalhar na construção de Brasília, mas sempre
escrevendo e vendendo seus folhetos. É dessa época sua obra A construção
de Brasília e sua inauguração, que se esgotou pouco tempo depois de
publicada. Em 1961, logo após a inauguração de Brasília, voltou ao Rio
de Janeiro. Passou os últimos anos em Guarabira, Paraíba, vindo a
falecer em 1998, em Campina Grande. já escreveu cerca de 120 folhetos,
sendo os principais O herói João Canguçu, Façanhas de Lampião, O aventureiro do Norte, Epitácio e Marina, O pau de arara valente, O pistoleiro da vila, Olegário e Albertina entre o crime e o amor, O noivo falso engenheiro, A moça que se casou 14 vezes e continuou donzela, A morte de Leandro: saudades.
ARIEVALDO
VIANA LIMA, poeta popular, radialista, ilustrador e publicitário,
nasceu em Fazenda Ouro Preto, Quixeramobim-CE, aos 18 de setembro de
1967. Desde criança exercita sua verve poética, mas só começou a
publicar sistematicamente os seus folhetos em 1999, quando lançou,
juntamente com o poeta Pedro Paulo Paulino, uma caixa com 10 títulos
chamada Coleção Cancão de Fogo. De 1988 a 1998 fez pequenas tiragens de
seus folhetos em xerox, sistema bastante rudimentar, que foi
completamente abolido pelo poeta após o lançamento da Coleção Cancão de
Fogo. É o criador do Projeto ACORDA CORDEL na Sala de Aula, que utiliza a
poesia popular na alfabetização de jovens e adultos, adotado pela
Secretaria de Educação, Cultura e Desporto de Canindé-CE. Em 2000, foi
eleito membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, na qual
ocupa a cadeira de nº 40, patronímica de João Melchíades Ferreira.
Lançou pela Editora Luzeiro: O Príncipe Natan e o Cavalo Mandingueiro, Proezas de Broca da Silveira (com Pedro Paulo Paulino), O homem da vaca e o poder do infortúnio.
Arlene Holanda nasceu em Limoeiro do Norte, Ceará. Estreou na literatura em 1995 com Abismos, saudades e delícias. Publicou o primeiro livro infantojuvenil em 2006, O fantástico mundo do cordel, que recebeu o selo “Altamente Recomendável” da FNLIJ. A ele seguiram-se outros doze títulos para crianças e jovens, além de cinco para adultos e participações em publicações coletivas. Atua ainda como ilustradora, produtora cultural e arte-educadora, tendo ministrado oficinas de cordel, criação literária, ilustração e outras sobre o valor da cultura, da arte e da literatura na educação. Seus livros têm sido selecionados com muita frequência para programas de governo e escolas públicas e particulares de todo o Brasil.
CÍCERO VIEIRA DA SILVA nasceu em 31 de maio de 1936 em Alagoa Nova, Paraíbae morreu em fevereiro de 2008, em Duque de Caxias (RJ). Começou a escrever em 1952, época em que produziu cerca de trinta romances para a Folhetaria Santos, de propriedade Manoel Camilo, sediada em Campina Grande- PB. Em 1958 ganhou a medalha de ouro como o melhor glosador no Festival de Poetas populares de Salvador-BA, e em 1984 obteve um prêmio no Concurso Leandro Gomes de Barros. Fixou-se, desde os anos de 1950 em Caxias – RJ. Casado, pai de oito filhos, Cícero Vieira, que também era conhecido como Mocó. Escreveu mais de 50 folhetos, alguns dos quais ainda inéditos. Dentre aqueles que publicou, destacam-se: Um Amor Supliciado nas Grades da Detenção; Um Cidadão Generoso Traído pela Consorte; A Sofredora do Bosque ou Uma Noiva Perdida; A Filha de Uma Mendiga na Esquina do Pecado; A Vitória de uma Inocente; Os Sofrimentos de Elisa ou Os Prantos de uma Esposa; Os Martírios do Nortista Viajando para o Sul; A Morte do Presidente Getúlio Vargas, A filha de um pirata, Os olhos de dois amantes por cima da sepultura.
CAETANO COSME DA SILVA nasceu em
Nazaré da Mata, PE, no dia 25 de novembro de 1927. Autor muito fecundo,
seus temas favoritos são histórias dramáticas, algumas delas
continuações de outras obras conhecidas (A filha da louca do jardim, O
filho de João de Calais). Compôs também algumas pelejas. É falecido.
Viveu na cidade paraibana de Campina Grande, onde mantinha uma banca de
raízes e ervas medicinais.Alguns títulos: O assassino da honra ou A louca no jardim, Jerônimo, o grande herói do sertão, Lágrimas de amor ou A vingança de um condenado, Galileu e os castigos do céu, O filho do herói João de Calais.
DELARME MONTEIRO DA SILVA ( DELARME, nos acrósticos ) nasceu aos 17 de abril de 1918, em Recife, PE, onde reside. Aos 20 anos, em 1938, publicou seu primeiro romance em versos (A feiticeira do bosque), impresso na tipografia de João Martins de Athayde; a partir dessa data ficou trabalhando com Athayde, como aprendiz de tipógrafo, e ao mesmo tempo editando seus trabalhos, todos assinados, pelos quais recebia 200$000 (duzentos mil réis) em folhetos, que ele mesmo revendia. Chegou ao cargo de gerente da tipografia, e é muito conceituado entre os poetas do Nordeste, por seus dotes de cultura e inspiração. Delarme é autor de uma obra extensa e de muito boa qualidade. De sua excelente bibliografia destacamos: O Enjeitado de Orion, O Mistério dos Três Anéis, O Sino da Torre Negra, O Morcego Humano, A Fada e o Guerreiro. É indubitavelmente um dos poucos autores de cordel que merecem o qualificativo de gênio, tendo composto uma obra vibrante, cheia de descrições minuciosas e aprofundamento psicológico das personagens.
João Gomes de Sá e Eneias Tavares dos Santos |
ENEIAS TAVARES DOS SANTOS (ENEIAS ou
TAVARES, entre outros pseudônimos, nos acrósticos), nasceu em Marechal
Deodoro, AL, aos 22 de novembro de 1931. Filho de agricultores, teve
instrução primária incompleta, e, já adulto, estudou música, desenho e
pintura, não chegando a completar os estudos por razões econômicas.
Aprendeu xilogravura sozinho, tendo realizado, entre inúmeros outros
trabalhos, uma Via-Sacra para a Galeria de Arte de Aracaju-SE. Na Bahia,
em 1947, travou conhecimento com a Literatura de Cordel, e, ao voltar
para Alagoas, tornou-se vendedor de folhetos. Em 1953 escreveu seu
primeiro livro – O cavalo Ventania –, seguido depois de O cangaceiro Isaías, O pai traidor, A carta de Satanás a Roberto Carlos (seu
maior êxito comercial) e muitos outros. Até 1973 foi servente do
Conservatório de Música de Sergipe; Foi funcionário do Museu Théo
Brandão, em Maceió, AL.Teve vários títulos lançados pela Editora
Luzeiro, alguns até hoje reeditados: A briga de dois matutos por causa de um jumento, A morte, o enterro e o testamento de João Grilo, A verdadeira história de Chico Xavier, A vingança de uma fada e um anão misterioso, A recompensa do Diabo, Carta do Satanás a Roberto Carlos, Lamentação de um cavalo indo para o matadouro, O amor entre a verdade e o punhal, O homem que pagou a promessa enganando o santo, O prêmio da consciência, O rapaz que desejava ser cachorro, Teres e proezas de Eneias.
EVARISTO GERALDO nasceu a 28 de setembro de 1968, em Quixadá, Ceará. De uma família de 11 irmãos, em que cinco são poetas, com Evaristo não poderia ser diferente. Como cordelista tem vários trabalhos publicados pela Tupynanquim Editora, como O Príncipe que Fez de Tudo Para Mudar o Seu Destino e O Conde Mendigo e a Princesa Orgulhosa, além de alguns inéditos. Para a coleção Clássicos em Cordel, da editora Nova Alexandria, adaptou A dama das camélias de Alexandre Dumas Filho.
FIRMINO TEIXEIRA DO AMARALl, segundo informação do pesquisador Ribamar Lopes, nasceu na localidade de Bezerro Morto, então pertencente a Amarração, hoje Luís Correia, Piauí, em 1896, e faleceu em 1926, na cidade de Parnaíba, Piauí. Outras fontes o apresentam como natural de Tutoia, Maranhão ou, ainda, Parnaíba, Piauí. Ainda muito jovem fixou-se em Belém do Pará, tornando-se o principal autor da Editora Guajarina, fundada pelo pernambucano Francisco Lopes. A sua obra mais famosa, a Peleja do Cego Aderaldo com Zé Pretinho do Tucum, foi escrita por volta de 1916, com o fito de ajudar Aderaldo, à época doente, a angariar algum recurso. Nesta obra, Firmino introduz uma modalidade até então desconhecida do universo da cantoria: o trava-língua. O personagem Zé Pretinho, confundido com um homônimo natural do Crato, Ceará, inventor do galope à beira-mar, é fictício. Além do folheto citado, são de autoria de Firmino: Festa dos bichos ou as aventuras de um porco embriagado (também publicado pela Luzeiro), Peleja de cego Aderaldo com Jaca Mole, primo de Zé Pretinho, O casamento do bode com a raposa, Bataclan, História de Carlos e Adalgisa, A princesa Magalona e seu amante Pierre, Peleja de João Peroba com o menino Pericó(que com 8 anos de idade venceu um antigo cantador), Peleja do Cego Aderaldo com Frankalino.
EXPEDITO
SEBASTIÃO DA SILVA nasceu em Juazeiro do Norte-CE, em 20 de janeiro de
1928 (dia de São Sebastião) e viveu toda a sua vida na terra do Padre
Cícero, até falecer no dia 8 de agosto de 1997. Além de bom poeta, foi
tipógrafo e revisor da gráfica de José Bernardo da Silva, tendo
assumido, com a morte deste, a gerência da Tipografia São Francisco,
rebatizada nos anos 70 como Literatura de Cordel José Bernardo da Silva e
posteriormente como Lira Nordestina, denominação que permanece até
hoje.
De
origem camponesa, conseguiu frequentar a escola, chegando a concluir a
quarta série ginasial. Durante os anos escolares começou a rascunhar
seus primeiros poemas, o que acabou chamando a atenção de José Bernardo
da Silva, o grande editor de Juazeiro. Seu primeiro folheto, intitulado A moça que depois de morta dançou em São Paulo,
data de 1948. Por essa época, o chefe da oficina tipográfica era o
poeta e xilógrafo Damásio Paulo da Silva, que incentiva o jovem Expedito
a continuar produzindo. Cuidadoso com a rima e, principalmente, com a
métrica, Expedito costumava a revisar a obra de outros poetas que
imprimiam seus folhetos na "Lira". Chegou a receber elogios de Patativa
do Assaré, que o comparou ao lendário João Martins de Athayde.
Nos
últimos anos de sua existência, Expedito mostrava-se triste com a
visível decadência da literatura de cordel e da Lira Nordestina, empresa
à qual dedicou toda a sua vida. A Lira continua decadente, mas o cordel
ganhou um novo alento com o surgimento de novas editoras, como a
Coqueiro, de Recife, e a Tupynanquim, de Fortaleza. Dentre as obras de
sua autoria, destacamos as seguintes: A bruxa da meia-noite ou o reino da maldição, A marcha dos cabeludos e os usos de hoje em dia, A opinião dos romeiros sobre a canonização do Pe. Cícero, As diabruras de Pedro Malazartes, Calvário de uma mãe (ou o amor de Albertina), Em defesa do Pe. Cícero - o apóstolo do Nordeste, Estória de Paulino e Madalena, História de São Pedro e o homem orgulhoso, O Lobo do Amazonas ou Lindomar e Jacira, O prêmio da inocência, O sesquicentenário do padre Cícero Romão, Os mártires da santa fé ou Delmiro e Dorotea, Os milagres do padre Cícero, Suplício de um condenado, Trechos da vida completa de Lampião. (Por Arievaldo Viana)
EVARISTO GERALDO nasceu a 28 de setembro de 1968, em Quixadá, Ceará. De uma família de 11 irmãos, em que cinco são poetas, com Evaristo não poderia ser diferente. Como cordelista tem vários trabalhos publicados pela Tupynanquim Editora, como O Príncipe que Fez de Tudo Para Mudar o Seu Destino e O Conde Mendigo e a Princesa Orgulhosa, além de alguns inéditos. Para a coleção Clássicos em Cordel, da editora Nova Alexandria, adaptou A dama das camélias de Alexandre Dumas Filho.
FÁBIO
SOMBRA nasceu no Rio de Janeiro. É escritor, violeiro e pesquisador do
folclore brasileiro. Como autor de livros infantojuvenis, teve seu
primeiro romance, A lenda do violeiro invejoso, publicado pela Editora Rocco. Em 2007, lançou seu primeiro CD Manheceu –
distribuído pela gravadora Kuarup, com treze composições de sua autoria
em ritmos tradicionais do sudeste brasileiro, como catiras, cirandas,
batuques, pagodes e modas de viola. O projeto foi realizado em parceria
com o violeiro Chico Lobo. Em 2008, publicou A peleja do violeiro Magrilim com a formosa princesa Jezebelpela
Editora Lê, um romance em versos de cordel repleto de desafios de
calango e ponteados de viola. Também publicou, pela Editora Rocco, A caravana do oriente. No mesmo ano, assina a consultoria de conteúdo do programa Vou te contar,
sobre cultura popular e mitos brasileiros, exibido no Canal Futura. Nos
últimos anos, Fábio Sombra vem realizando palestras e oficinas, sempre
ligadas à divulgação da poesia popular, da viola e da música de raiz,
principalmente junto ao público infantojuvenil. Em cordel, lançou, entre
outros, O nariz do fazendeiro e A história de Inês de Castro (Escrita Fina) e O soldado que assustou a morte (Mundo Mirim).
FIRMINO TEIXEIRA DO AMARALl, segundo informação do pesquisador Ribamar Lopes, nasceu na localidade de Bezerro Morto, então pertencente a Amarração, hoje Luís Correia, Piauí, em 1896, e faleceu em 1926, na cidade de Parnaíba, Piauí. Outras fontes o apresentam como natural de Tutoia, Maranhão ou, ainda, Parnaíba, Piauí. Ainda muito jovem fixou-se em Belém do Pará, tornando-se o principal autor da Editora Guajarina, fundada pelo pernambucano Francisco Lopes. A sua obra mais famosa, a Peleja do Cego Aderaldo com Zé Pretinho do Tucum, foi escrita por volta de 1916, com o fito de ajudar Aderaldo, à época doente, a angariar algum recurso. Nesta obra, Firmino introduz uma modalidade até então desconhecida do universo da cantoria: o trava-língua. O personagem Zé Pretinho, confundido com um homônimo natural do Crato, Ceará, inventor do galope à beira-mar, é fictício. Além do folheto citado, são de autoria de Firmino: Festa dos bichos ou as aventuras de um porco embriagado (também publicado pela Luzeiro), Peleja de cego Aderaldo com Jaca Mole, primo de Zé Pretinho, O casamento do bode com a raposa, Bataclan, História de Carlos e Adalgisa, A princesa Magalona e seu amante Pierre, Peleja de João Peroba com o menino Pericó(que com 8 anos de idade venceu um antigo cantador), Peleja do Cego Aderaldo com Frankalino.
FRANCISCO
DAS CHAGAS BATISTA nasceu no município de Teixeira, PB, aos 5 de maio
de 1882, sendo filho de Luís da França e de Cosma Felismina Batista. Em
1900, mudou-se para a cidade de Campina Grande, onde trabalhou
carregando água e lenha, e foi operário da Estrada de Ferro de Alagoa
Grande. Começou a escrever suas histórias rimadas em 1902. Em 1909
casou-se com Hugolina Nunes da Costa, filha de seu tio materno, o
cantador Hugolino Nunes da Costa. Morou em Guarabira e depois na capital
do estado da Paraíba, onde se fixou, estabelecendo-se com a Livraria
Popular Editora, na Rua Barão do Triunfo, que sobreviveu até 1932. Foi
autor de inúmeros folhetos rimados, e fez coletâneas de poetas populares
(A lira do poeta, Poesias escolhidas e Cantadores e poetas populares). Considera-se sua melhor obra o folheto Antonio Silvino, vida, crimes e julgamento, publicado até hoje pela Luzeiro de São Paulo. Atribuem-se a ele ainda História de Dimas, o Bom Ladrão e História da Imperatriz Porcina. Faleceu aos 26 de janeiro de 1930, em João Pessoa, PB.
FRANCISCO DE SOUZA CAMPOS nasceu em Timbaúba, PE, aos 26 de setembro de 1926. Poeta popular, residente em São Lourenço, PE, Francisco é irmão dos poetas Manoel e José de Souza Campos. Escreve sobre temas tradicionais, e a maioria de suas obras são folhetos de 8 páginas. Enfrentando a morte é geralmente considerada sua obra de maior fôlego.
FRANCISCO FIRMINO DE PAULA nasceu em Pilar, Paraíba, a 2 de abril de 1911 e faleceu em Recife, Pernambuco, a 3 de dezembro de 1067. Construiu uma máquina de impressão, depois vendida a José de Souza. Começou a escrever por volta de 1926.Dois de seus folhetos lançados originalmente pela tipografia Luzeiro do Norte, do Recife foram relançados pela Luzeiro paulista: História do Boi Leitão ou O Vaqueiro que não Menti e O Herói do Ar.
FRANCISCO DE SOUZA CAMPOS nasceu em Timbaúba, PE, aos 26 de setembro de 1926. Poeta popular, residente em São Lourenço, PE, Francisco é irmão dos poetas Manoel e José de Souza Campos. Escreve sobre temas tradicionais, e a maioria de suas obras são folhetos de 8 páginas. Enfrentando a morte é geralmente considerada sua obra de maior fôlego.
FRANCISCO FIRMINO DE PAULA nasceu em Pilar, Paraíba, a 2 de abril de 1911 e faleceu em Recife, Pernambuco, a 3 de dezembro de 1067. Construiu uma máquina de impressão, depois vendida a José de Souza. Começou a escrever por volta de 1926.Dois de seus folhetos lançados originalmente pela tipografia Luzeiro do Norte, do Recife foram relançados pela Luzeiro paulista: História do Boi Leitão ou O Vaqueiro que não Menti e O Herói do Ar.
FRANCISCO SALES DE ARÊDA ( FSALES
nos acrósticos ) nasceu aos 26 de outubro de 1916, em Campina Grande,
PB, passando a residir em Caruaru, PE. Poeta popular e vendedor de
folheto nas feiras, foi também cantador de 1940 a 1954. Em suas obras,
explorava temas de bravura, encantamento e astúcia, mas escreveu três
obras sobre motivos políticos, tendo como personagem o ex-presidente
Getúlio Vargas. Durante muito tempo viveu da renda de uma barraca de
folhas e raízes de plantas medicinais, na feira de Caruaru. Arêda
faleceu no dia 20 de dezembro de 2005.
Bibliografia básica: A mal-assombrada peleja de Francisco Sales com o Negro Visão, As presepadas de Pedro Malazarte, O Coronel Mangangá e o seringueiro do norte, O encontro de Antônio Cobra Choca com o Sertanejo Valente, O encontro do irmão do Negrão do Paraná com o seringueiro do Norte, O Homem da vaca e o poder da fortuna, O negrão do Paraná e o seringueiro do Norte, O Príncipe João Sem Medo e a Princesa da Ilha dos Diamantes, O romance de João Besta e a Jia da Lagoa, Os três irmãos caçadores e o macaco da montanha.
INACIO CARIOCA nasceu em Carpina, Pernambuco, a 22 de fevereiro de 1932. Seu nome de Batismo é Ailton Francisco da Silva, sendo mudado para Inácio Francisco da Silva e, por fim, Inácio Carioca. Sua obra mais conhecida é o Romance de João Cambadinho e a Princesa do Reino de Mira-Mar, negociado com João José da Silva, então diretor da tipografia Luzeiro do Norte. Outros títulos de sua bibliografia: O Amor de Juvanete e a Ingratidão do Príncipe Lourival, Os Homens Voadores da Terra até a Lua, Sidraque e Juscelina.
Bibliografia básica: A mal-assombrada peleja de Francisco Sales com o Negro Visão, As presepadas de Pedro Malazarte, O Coronel Mangangá e o seringueiro do norte, O encontro de Antônio Cobra Choca com o Sertanejo Valente, O encontro do irmão do Negrão do Paraná com o seringueiro do Norte, O Homem da vaca e o poder da fortuna, O negrão do Paraná e o seringueiro do Norte, O Príncipe João Sem Medo e a Princesa da Ilha dos Diamantes, O romance de João Besta e a Jia da Lagoa, Os três irmãos caçadores e o macaco da montanha.
Gerardo Carvalho
Frota (PARDAL) – nasceu em 1957 em Campo Maior (PI). Escritor, Poeta
cordelista e trovador. Filósofo com especialização em Tecnologia
Educacional. Bacharel em Comunicação Social (Jornalismo) pela
Universidade Federal do Ceará – UFC -em 2004. Em 1991 foi agraciado com o
1º Lugar com o folheto A Morte da Natureza em concurso promovido
pela Academia Brasileira de Literatura de Cordel – ABLC. Premiado nos
Jogos Florais da União Brasileira de Trovadores – UBT nos anos de 1992,
93, 94, 95. Em 1994. Em 2010, foi recebeu o Prêmio Mais Cultura Patativa
do Assaré pelo Ministério da Cultura, com o livro Cultivos da Terra cantados em versos populares.
Recebeu da Seduc/CE o prêmio Paic, com o cordel A borboleta Lilica e o
grilo Criqui que integra a coleçãoPaic/prosa e poesia. Sócio fundador do
Centro Cultural do Cordelistas do Nordeste - CECORDEL, em Fortaleza
(CE). Atualmente, é presidente da entidade. Como cordelista representou
o Cecordel em 2005, no 1º Congresso Internacional de Literatura de cordel em João Pessoa, Paraíba.
Bibliografia: Francisco do Povo - ontem e hoje (1987), Editora Vozes, Guerra dos Bárbaros e A Voz que Canta o Sertão, A Morte da Natureza, Marcados para morrer pela terra, A morte da pena de morte. Participou das Bienais do Livro acontecidas em Fortaleza (CE).
INACIO CARIOCA nasceu em Carpina, Pernambuco, a 22 de fevereiro de 1932. Seu nome de Batismo é Ailton Francisco da Silva, sendo mudado para Inácio Francisco da Silva e, por fim, Inácio Carioca. Sua obra mais conhecida é o Romance de João Cambadinho e a Princesa do Reino de Mira-Mar, negociado com João José da Silva, então diretor da tipografia Luzeiro do Norte. Outros títulos de sua bibliografia: O Amor de Juvanete e a Ingratidão do Príncipe Lourival, Os Homens Voadores da Terra até a Lua, Sidraque e Juscelina.
JOÃO ANTÔNIO DE BARROS ( JOTABARROS ) nasceu aos 24 de junho de 1935, em Glória de Goitá, PE. Marceneiro, entalhador, xilógrafo, poeta repentista e escritor de Literatura de Cordel, residia em São Paulo desde 1973, vivendo exclusivamente da venda de livretos de cordel e das cantigas de improviso, ao som da viola. Grande divulgador da poesia nordestina, foi presença constante na imprensa paulista. Folhetos lançados pela Editora Luzeiro: Lampião e Maria Bonita no paraíso, Lampião, governo geral do inferno.
JOÃO
DAMASCENO NOBRE, que assinava em arte Amador Silvestre, nasceu dia 6 de
maio 1910, na Fazenda Bebedouro, distrito de Serraria, município de
Inhambupe, estado da Bahia. Em 1917, acompanhando a família, foi
trabalhar na lavoura cacaueira no mesmo estado em que nasceu.
Em 1955, publicou seu primeiro folheto, As Aflições do Presente e as Glórias do Porvir.Publicou pela extinta editora Prelúdio, antecessora da Luzeiro, de São Paulo, As Profecias do Boi Misterioso, O Cisne Misterioso, A História do Perverso Barba Roxa e O Quengo de Pedro Malazarte no Fazendeiro, sendo este último reeditado há quase cinquenta anos, o que lhe garante o status de clássico da literatura de cordel.
Em 1955, publicou seu primeiro folheto, As Aflições do Presente e as Glórias do Porvir.Publicou pela extinta editora Prelúdio, antecessora da Luzeiro, de São Paulo, As Profecias do Boi Misterioso, O Cisne Misterioso, A História do Perverso Barba Roxa e O Quengo de Pedro Malazarte no Fazendeiro, sendo este último reeditado há quase cinquenta anos, o que lhe garante o status de clássico da literatura de cordel.
JOÃO
FIRMINO CABRAL nasceu em Itabaiana, SE, a 1º de janeiro de 1940.
Agricultor desde menino, começou já na juventude a demonstrar interesse
pelas letras: comprava então folhetos de literatura de Cordel , que
usava como cartilha, pois com eles aprendeu a ler. Aos 17 anos descobriu
sua vocação poética e escreveu uma Profecia do Padre Cícero. Dai
por diante não lhe faltou mais inspiração, e todas as obras de sua
autoria são bem aceitas pelo povo. Mora atualmente em Aracaju, vivendo
exclusivamente da venda de folhetos de Literatura de Cordel.
Bibliografia básica: A coragem de um vaqueiro em defesa do amor, Amor e martírio de uma escrava, Entre o amor e o cangaço, História, vida e morte Luiz Gonzaga, O encontro de Lampião com o Coronel Pinga-Fogo, O exemplo do ateu e o vaqueiro que tinha fé em Deus, O monstro sem alma, Os heróis do destino e o monstro da Mata Escura, A revolta de um escravo e Lampião: herói ou bandido?
JOÃO GOMES DE SÁ nasceu em Água Branca, no sertão alagoano, e mora em São Paulo. É formado em Letras (Português-Inglês) pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL).Em 1977trabalhou como bolsista da Funarte no Museu de Antropologia e Folclore Dr. Théo Brandão, dessa mesma Universidade. Foi aí, na verdade, que conheceu as manifestações de cultura espontânea de seu povo. E é por isso que, volta e meia, o que escreve revela influência do folclore da região. Morando em São Paulo há algum tempo, além de suas atividades como professor de Português, dá orientações técnicas sobre o folclore e escreve poesia popular e literatura de cordel – muitas vezes, para ilustrar suas aulas. Utilizando elementos da cultura popular escreveu e editou Ressurreição do Boi, Canto Guerreiro e Meu Bem-Querer e os cordéis A Briga de Zé Valente com a Leide Catapora e A Luta de um Cavaleiro contra o Bruxo Feiticeiro. Para a coleção Clássicos em Cordel, da editora Nova Alexandria, adaptou O corcunda de Notre-Dame, de Victor Hugo. Pela mesma editora, lançou Alice no País das Maravilhas em Cordel.
JOÃO JOSÉ DA SILVA nasceu em 24 de junho de 1922, em Vitória de Santo Antão, PE. Filho de agricultores, revelou-se poeta desde menino. Aos 10 anos de idade já improvisava versos para seus amigos e conhecidos. Por falta de recursos, só conseguiu nessa época fazer o curso primário, vindo a se aperfeiçoar somente na meia idade, como autodidata. Em 1947 se tornou profissional da poesia, escrevendo então seu primeiro livro em versos, O macaco misterioso. Escreveu mais de 164 obras, distinguindo-se entre as mais procuradas O macaco misterioso e A fera de Petrolina. Viveu em Recife, PE, onde chefiou sua família trabalhando no ramo de Literatura de Cordel, `frente da tipografia Luzeiro do Norte, até início da década de 1970. Faleceu em 1997.Folhetos lançados pela Editora Luzeiro: A condessa Rosa Negra, A fera de Petrolina, O caçador sertanejo.
JOÃO GOMES DE SÁ nasceu em Água Branca, no sertão alagoano, e mora em São Paulo. É formado em Letras (Português-Inglês) pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL).Em 1977trabalhou como bolsista da Funarte no Museu de Antropologia e Folclore Dr. Théo Brandão, dessa mesma Universidade. Foi aí, na verdade, que conheceu as manifestações de cultura espontânea de seu povo. E é por isso que, volta e meia, o que escreve revela influência do folclore da região. Morando em São Paulo há algum tempo, além de suas atividades como professor de Português, dá orientações técnicas sobre o folclore e escreve poesia popular e literatura de cordel – muitas vezes, para ilustrar suas aulas. Utilizando elementos da cultura popular escreveu e editou Ressurreição do Boi, Canto Guerreiro e Meu Bem-Querer e os cordéis A Briga de Zé Valente com a Leide Catapora e A Luta de um Cavaleiro contra o Bruxo Feiticeiro. Para a coleção Clássicos em Cordel, da editora Nova Alexandria, adaptou O corcunda de Notre-Dame, de Victor Hugo. Pela mesma editora, lançou Alice no País das Maravilhas em Cordel.
JOÃO JOSÉ DA SILVA nasceu em 24 de junho de 1922, em Vitória de Santo Antão, PE. Filho de agricultores, revelou-se poeta desde menino. Aos 10 anos de idade já improvisava versos para seus amigos e conhecidos. Por falta de recursos, só conseguiu nessa época fazer o curso primário, vindo a se aperfeiçoar somente na meia idade, como autodidata. Em 1947 se tornou profissional da poesia, escrevendo então seu primeiro livro em versos, O macaco misterioso. Escreveu mais de 164 obras, distinguindo-se entre as mais procuradas O macaco misterioso e A fera de Petrolina. Viveu em Recife, PE, onde chefiou sua família trabalhando no ramo de Literatura de Cordel, `frente da tipografia Luzeiro do Norte, até início da década de 1970. Faleceu em 1997.Folhetos lançados pela Editora Luzeiro: A condessa Rosa Negra, A fera de Petrolina, O caçador sertanejo.
JOÃO
LUCAS EVANGELISTA, mais conhecido como LUCAS EVANGELISTA, nasceu em 6
de maio de 1937, em Crateús, CE. Aos 19 anos, abandonou todas as outras
atividades, para viver somente de Literatura de Cordel. Tem mais de 60
trabalhos publicados, entre poemas, folhetos e romances, todos de grande
aceitação popular, tendo também gravado dois discos de poemas
populares. Além de poeta, é compositor, cantor, violonista, pintor e
sócio da U.P.I. (União dos Profissionais da Imprensa). Viveu durantes
muitos anos em Taguatinga do Norte, DF, usando como transporte uma
perua, transformada em biblioteca volante da cultura popular, e equipada
para sua hospedagem e palco de trabalho. Participa ativamente na
divulgação da poesia popular, fazendo palestras e seminários em escolas
de todos os níveis. Hoje, reside em sua cidade natal. Folhetos lançados pela Editora Luzeiro: As aventuras de João Desmantelado, O menino das abelhas e a formiga encantada.
JOÃO
MARTINS DE ATHAYDE nasceu em Ingá de Bacamarte, PB, em 1880, e faleceu
em Recife, PE, no ano de 1959. Durante sua vida como poeta, instalado em
Recife com gráfica própria, foi o maior editor de folhetos de seu
tempo, entre 1920 e 1950. Editava também obras de outros poetas,
compradas ou adquiridas por permuta. Em 1950 vendeu os direitos da
gráfica para José Bernardo da Silva, estabelecido com a tipografia São
Francisco em Juazeiro do Norte, CE, que passou a editar toda a coleção
comprada. Athayde, bom poeta, bom glosador, notabilizou-se em versejar
romances em prosa e filmes de sucesso. Entre seus vários sucessos,
distinguem-se O Conde de Monte Cristo, em dois volumes, com os títulos Romance de um sentenciado e Vingança de um sentenciado; O prisioneiro de Zenda, com o título O prisioneiro do Castelo da Rocha Negra, Amor de perdição,
com o mesmo título, e muitos outros, sempre com títulos sugestivos e
versificação de primeira categoria. João Martins de Athayde foi figura
controvertida e chegou a ser elogiado por Mário de Andrade e por Tristão
de Ataíde, recebendo até votos para Príncipe dos Poetas Brasileiros
(quando da eleição e Guilherme de Almeida). Foi acusado de comprar
originais de dezenas de poetas populares e publicá-los sem mencionar os
nomes dos autores, fato que tem ocasionado sérias dificuldades na
identificação da autoria de histórias rimadas da Literatura de Cordel.
JOÃO
MELCHÍADES FERREIRA DA SILVA nasceu em Bananeiras-PB aos 7 de setembro
de 1869 e faleceu em João Pessoa-PB, no dia 10 de dezembro de 1933. Foi
sargento do exército. Combateu na Guerra de Canudos (1897) e na questão
do Acre (1903). Autodenominado O CANTOR DA BORBOREMA, com este cognome
figura na Romance da Pedra do Reino, de Ariano Suassuna. Embora
cantasse, não era repentista nato, conforme Átila Almeida e José Alves
Sobrinho. Envolveu-se na maior controvérsia da história da Literatura de
Cordel, ao publicar como obra sua o ROMANCE DO PAVÃO MISTERIOSO, de
José Camelo de Melo Resende, com quem chegou a cantar. Mas Melchíades,
poeta imaginoso, é autor de obras originais que estão entre as mais
apreciadas por leitores de várias gerações, a exemplo da História do valente sertanejo Zé Garcia, Combate de José Colatino com o Carranca do Piauí e Roldão no leão de ouro.
JOAQUIM BATISTA DE
SENA nasceu no dia 21 de maio de 1912, em Fazenda Velha, do termo de
Bananeiras, hoje pertencente ao município de Solânea-PB. Faleceu no
distrito de Antônio Diogo (Redenção-CE) no início da década de 90.
Autodidata, adquiriu vasto conhecimento sobre cultura popular e era um
defensor intransigente da poesia popular nordestina. Começou como
cantador de viola, permanecendo três anos neste ofício, no final da
década de 30.
No início da década
de 1940, vendeu um sítio de sua propriedade e adquiriu sua primeira
tipografia, que funcionou algum tempo na cidade de Guarabira-PB,
transferindo-se depois para Fortaleza, onde atuou durante muitos anos.
Na capital cearense, sua tipografia adotou o nome de Graças Fátima.
O poeta explicava a razão desse título: durante a passagem da imagem
peregrina de Nossa Senhora de Fátima pelo Nordeste, na década de 50, ele
conseguiu ganhar muito dinheiro vendendo folhetos sobre a visita da
santa, ampliando consideravelmente seus negócios. Por essa época, foi
vítima de um naufrágio da Baía de Quebra-Potes (Maranhão). Salvou-se
nadando, mas perdeu uma mala de folhetos, contendo diversos originais.
Dentre as suas obras de maior relevância, destacamos: A filha noiva do pai, ou amor culpa e Pedrão, A morte comanda o cangaço, As 7 espadas de dores de Maria Santíssima, Elias e Antonieta (2 volumes), Entre o amor e a morte, Estória de Joãozinho, o filho do caçador, Estória de Manoel Seguro e Manoel Xexeiro, Estória de Vicente e Guiomar, História de Braz e Anália, História de João Valente e o dragão de três cabeças, História de Manoel Nu e a rabeca mágica, História do assassinato de Manoel Machado e a vingança de seu filho Samuel, História do debate do papa de Roma com Roberto Carlos, História do príncipe João Corajoso e a princesa do reino Não Vai Ninguém, História dos três irmãos lavradores e os três cavalos encantados, Os amores de Rosinha e as bravuras de João Grande ou os valentões do Teixeira.
(Por Arievaldo Viana)
JOAQUIM
LUIZ SOBRINHO nasceu em Jatobá do Brejo, município de Belo Jardim, PE.
Começou a vender folhetos de Literatura de Cordel na feira de Belo
Jardim, ocasião em que escreveu a sua primeira obra, O Príncipe que trouxe a sina de morrer enforcado,
conseguindo com ela muito sucesso. Dessa oportunidade em diante não
parou mais de escrever. Muitos de seus folhetos ainda permanecem
inéditos. Faleceu em idade bastante avançada De sua autoria a editora Luzeiro relançou os folhetos História do menino dos bodinhos e a Princesa interesseira, O príncipe que trouxe a sina de morrer enforcado, Os Martírios de uma Mãe ou A Desventura de um Filho Ingrato.
JOSÉ
ALVES PONTES nasceu em 8 de fevereiro de 1920, no município de Pilar,
PB. Filho de João Alves Pontes e Cândida Alves Pontes, ajudou seu pai na
agricultura até os 23 anos de idade, mas sempre teve vocação para a
poesia popular. Com o falecimento do pai em 1948, começou a vender
folhetos de cordel nas feiras vizinhas. Empregou-se na tipografia A Folha,
em Itabaiana, PB, depois em outra gráfica situada em Timbaúba, PE, das
quais saiu como gráfico profissional. Em 1951 foi morar em Guarabira,
PE, passando a trabalhar na tipografia de Manoel Camilo dos Santos até
1957; em seguida, passou a trabalhar por conta própria com uma máquina
manual que ele mesmo construiu, de ferro e madeira. Economizando, em
poucos anos conseguiu comprou uma máquina impressora, e em 1962 instalou
sua tipografia , chamada Tipografia e Folhetaria Pontes"
Especializou-se então em publicar seus próprios folhetos, e também
trabalhos de encomenda para todo o Nordeste e demais regiões do país.
Foi muito caprichoso na confecção dos folhetos de Literatura de Cordel.
Escreveu apenas dois folhetos: História de Geraldo e Silvina e Ronaldo e
Antonieta, os quais tiveram grande sucesso, com milhares de exemplares
impressos e várias edições esgotadas. Em 1985, por questões financeiras,
vendeu sua tipografia. Trabalhou de empregado e revisor na tipografia
de um amigo seu, lá mesmo em Guarabira, PB, onde faleceu aos 11 de
novembro de 2009.
JOSÉ COSTA LEITE nasceu em Sapé - PB, em 27 de julho de 1927. Filho de Paulino Costa Leite e Maria Rodrigues dos Santos. Poeta popular e xilógrafo, vive em Condado - PE. Representou o Brasil em Paris, em 2005, por ocasião da celebração do Ano do Brasil na França. Sua obra é das mais extensas da Literatura de Cordel e inclui títulos como A Garça Misteriosa, A Peleja de Zé Pretinho com Manoel Riachão, O Dicionário do Amor e Peleja de Ivanildo Vila Nova com Guriatã do Norte.
JOSÉ FAUSTINO VILA NOVA nasceu em Caruaru, Pernambuco, a 30 de março de 1911 e morreu na mesma cidade, a 24 de abril de 1969. Cantador e poeta popular, pai do famoso repentista Ivanildo Vila Nova, seu forte eram as histórias de valentia, a exemplo de O sertanejo Antônio Cobra Choca e Zé Mendonça, o Sertanejo Valente.
JOSÉ PACHECO DA
ROCHA (ou JOSÉ PACHECO, conforme é mais conhecido) nasceu no município
de Correntes. PE, e morreu em Maceió. AL, aos 27 de abril de 1954.
Deixou uma filha, Julieta Pacheco Rocha, que vive no estado do Rio de
Janeiro. Além de poeta popular bastante fecundo, caracterizado pela
jocosidade e variedade de temas de suas composições, dedicou-se a várias
atividades paralelas : trabalhou em feiras, ora vendendo folhetos, ora
comerciando gêneros alimentícios. Segundo informações de sua filha,
chegou também a ser proprietário de um circo. Morreu pobre, mas não à
míngua, como se tem divulgado.
JOSÉ GALDINO DA SLVA DUDA ( ZÉ DUDA )
nasceu em 1866 e faleceu em 1931. Foi almocreve e comboieiro, tendo se
tornado depois cantador famoso. É o autor da História de D. Genevra,
"versada" de um trecho do Decameron de Giovanni Boccacio, com uma
fidelidade que surpreendeu o folclorista Luís da Câmara Cascudo. São de
sua autoria clássicos como: Os martírios de Genoveva e Bernardo e D. Genevra.
Foto: Renan Oliveira |
JOSÉ
JOÃO DOS SANTOS (AZULAO, nos acrósticos), mais conhecido como MESTRE
AZULÃO, nasceu em Sapé – PB, a 08 de janeiro de 1932. Filho de João
Joaquim dos Santos e de Severina Ana dos Santos. Aos 17 anos, na
carroceria de um pau-de-arara, embarcou para o Rio de Janeiro, onde foi
um dos fundadores da Feira de São Cristóvão. Cantador e poeta popular
dos melhores, começou a ser conhecido após uma apresentação no programa
de rádio de Almirante, no início da década de 1950. Como cantador já se
apresentou na Europa e nos Estados Unidos. Após o atentado de 11 de
setembro de 2001, escreveu o folheto O Terror nas Torres Gêmeas, pois, pouco tempo antes, havia se apresentado no World Trade Center. É autor, entre outros, dos seguintes folhetos: A Deusa e o Caçador, A Escravidão Moderna, Peleja de Azulão com Zé Limeira, O Homem do Arroz e o Poder de Jesus, O Mártir de San Quentin – Chessman, Peleja de Azulão com Palmeirinha, A Moda do Chifre, Os Loucos da Moda, O Trem da Madrugada, A Vitória de Renato e o Amor de Mariana.
Bibliografia básica: A chegada de Lampião no inferno, A grande briga de Lampião com a moça que virou cachorra, A guerra e a corrupção geral, A intriga do cachorro com o gato, A morte do famigerado Lampião, Discussão de Joaquim Sertanejo e Francisco Peia-Onça, História de Vicente e Josina, História do caçador que foi ao inferno, Lampião e a velha feiticeira, A festa dos cachorros, O grande debate de Lampião com São Pedro, O prazer do rico e o sofrimento do pobre, Os mamadores da negra dum peito só, Os prantos de Cacilda e a vingança de Raul, Os sofrimentos de Cristo, Peleja de um cantador de coco com o Diabo.
JOSÉ MARIA GONZAGA VIEIRA (Gonzaga de Canindé) nasceu
em Canindé no dia 20 de setembro de 1946. Autodidata, milita na
imprensa escrita e falada. Pertence à Associação de Arte e Cultura de
Canindé. É correspondente de vários grêmios culturais de Fortaleza,
Natal, Campina Grande e Brasília. É autor de quase duas dezenas de
folhetos rimados, com destaque para A história de Aparecida, a menina perdida nas matas do Amazonas.
Participa do projeto Acorda Cordel na Sala de Aula, criado pelo poeta
Arievaldo Viana e implantado em Canindé, em parceria com a Secretaria de
Educação do Município.
Começou escrevendo folhetos de oito páginas, principalmente no gênero ABC, tendo publicado O abc do Mobral, dos Tubarões, do Consumidor e outros de cunho político e social. No gênero romance, seu melhor trabalho é A lida de Conrado e a honradez sertaneja, que foi ampliado de 16 para 32 páginas pelo poeta Arievaldo Viana. Habitante de um dos maiores centros religiosos do Nordeste, já escreveu diversos folhetos tendo São Francisco das Chagas de Canindé como tema principal. É citado em artigo da escritora francesa Sylvie Deb's, publicado na revista Latitude, da Universidade de Sorbonne. Também já teve a sua obra pesquisada por outra francesa, Martine Kunz, que reside atualmente em Fortaleza.
Ministra palestras e oficinas sobre Literatura de Cordel nas escolas de Canindé.
É autor, além dos citados, dos seguintes folhetos: Assim era São Francisco, Canindé, da lenda a realidade, História do romeiro da cruz, Lula: de retirante a presidente, A via-sacra em cordel, Encontro de são Francisco com Padim Ciço do Juazeiro, Capitão Pedro Sampaio da Serra Branca. (Por Arievaldo Viana)
Começou escrevendo folhetos de oito páginas, principalmente no gênero ABC, tendo publicado O abc do Mobral, dos Tubarões, do Consumidor e outros de cunho político e social. No gênero romance, seu melhor trabalho é A lida de Conrado e a honradez sertaneja, que foi ampliado de 16 para 32 páginas pelo poeta Arievaldo Viana. Habitante de um dos maiores centros religiosos do Nordeste, já escreveu diversos folhetos tendo São Francisco das Chagas de Canindé como tema principal. É citado em artigo da escritora francesa Sylvie Deb's, publicado na revista Latitude, da Universidade de Sorbonne. Também já teve a sua obra pesquisada por outra francesa, Martine Kunz, que reside atualmente em Fortaleza.
Ministra palestras e oficinas sobre Literatura de Cordel nas escolas de Canindé.
É autor, além dos citados, dos seguintes folhetos: Assim era São Francisco, Canindé, da lenda a realidade, História do romeiro da cruz, Lula: de retirante a presidente, A via-sacra em cordel, Encontro de são Francisco com Padim Ciço do Juazeiro, Capitão Pedro Sampaio da Serra Branca. (Por Arievaldo Viana)
JOSÉ
SOARES DO NASCIMENTO nasceu em Caruaru, PE, em 9 de outubro de 1906.
Bom cantador e poeta popular, viveu muito tempo em Caruaru. Em sua obra
distinguem-se: História de Josina, a menina perdida, Saudades do sertão, O túmulo de Pedro de Souza. etc.
KLÉVISSON VIANA nasceu em 1972, em Quixeramobim, Sertão Central do Ceará. É cartunista, poeta, editor, membro da ABLC-Academia Brasileira de Literatura de Cordel (RJ) e presidente da AESTROFE –Associação de Escritores, Trovadores e Folheteiros do Estado do Ceará. Artista que transita por vários gêneros da poesia popular, através da sua Tupynanquim Editora já publicou uma centena de títulos de sua autoria e mais de quatrocentas obras de outros autores. É autor do infantojuvenil Os Miseráveis em Cordel (ed. Nova Alexandria). No campo da literatura de cordel, escreveu ainda: O romance da quenga que matou o delegado, O cangaceiro do futuro e o jumento espacial, O príncipe do Oriente e o pássaro misterioso, A chegada de Michael Jackson no portão celestial (com João Gomes de Sá), João da Viola e a princesa interesseira, Pedro Malasartes e o urubu adivinhão e vários outros folhetos.
LEANDRO GOMES DE BARROS nasceu no
município de Pombal, PB, em 19 de novembro de 1865 , e morreu em Recife,
PE, em 4 de março de 1918. Disputa com Pirauá o pioneirismo na
publicação de histórias versadas em folhetos. Até os 15 anos viveu em
Teixeira, centro de poesia popular; mudou-se então para Pernambuco,
tendo vivido então em Vitória, Jaboatão e Recife. Começou a escrever em
1889, e sempre viveu do que lhe rendiam suas histórias versadas;
escrevendo e vendendo folhetos sustentou enorme família. Câmara Cascudo o
descreve como: "baixo, grosso, de olhos claros, bigodão espesso, meio
corcovado, risonho contador de anedotas... parecia mais um fazendeiro
que um poeta...". De espírito crítico, satírico e contestador, em seus
versos criticou os desmandos de seu tempo, principalmente os políticos,
religiosos e os referentes à interferência estrangeira no Nordeste. Não
há certeza quanto ao número de suas obras, mas sabe-se que foram muitas e
de boa qualidade, tanto que são reimpressas e procuradas até hoje.
Depois de sua morte, sofreu (infelizmente) o processo habitual de se
apossarem da autoria de suas obras, adulterando o acróstico final,
quando havia, e omitindo o seu nome. É o maior clássico da poesia
popular brasileira, consideram-no o primeiro sem segundo. Dentre os
muitos títulos legados à posteridade, destacamos: A batalha de Oliveiros com Ferrabrás, A confissão de Antonio Silvino, A força do amor, A morte de Alonso e A vingança de Marina, A prisão de Oliveiros e seus companheiros, A peleja de Leandro Gomes com uma velha de Sergipe, Como Antônio Silvino fez o diabo chocar, Donzela Teodora, História da Índia Neci, História de João da Cruz, História do Boi Misterioso, História de Roberto do Diabo, Juvenal e o dragão, O cachorro dos mortos, Os sofrimentos de Alzira, Peleja de Manoel Riachão com o Diabo, Suspiros de um sertanejo, Vida e testamento de Cancão de Fogo.
LUIZ DA COSTA PINHEIRO nasceu em Goianinha, RN, e faleceu em Fortaleza, CE. Seus trabalhos foram publicados, inicialmente, pela Guajarina de Belém do Pará. É autor de grandes romances, como Perdidos no deserto, ABC da Saudade, História de João Jogador, O casamento de Lusbel, História do boi mandingueiro e o cavalo misterioso, O papagaio misterioso, Os sofrimentos de Jobão e O negrão do Piauí.
MANOEL APOLINÁRIO PEREIRA nasceu em Pernambuco e morreu em 1955, em Juazeiro do Norte, CE. Poeta popular de boa inspiração, sobressaiu-se nos romances, embora tenha se dedicado a outros gêneros, esporadicamente. Dois de seus romances foram relançados pela Editora Luzeiro: Horácio e Enedina entre o amor e o orgulho, O filho de Evangelista do Pavão Misterioso.
LUIZ DA COSTA PINHEIRO nasceu em Goianinha, RN, e faleceu em Fortaleza, CE. Seus trabalhos foram publicados, inicialmente, pela Guajarina de Belém do Pará. É autor de grandes romances, como Perdidos no deserto, ABC da Saudade, História de João Jogador, O casamento de Lusbel, História do boi mandingueiro e o cavalo misterioso, O papagaio misterioso, Os sofrimentos de Jobão e O negrão do Piauí.
MANOEL APOLINÁRIO PEREIRA nasceu em Pernambuco e morreu em 1955, em Juazeiro do Norte, CE. Poeta popular de boa inspiração, sobressaiu-se nos romances, embora tenha se dedicado a outros gêneros, esporadicamente. Dois de seus romances foram relançados pela Editora Luzeiro: Horácio e Enedina entre o amor e o orgulho, O filho de Evangelista do Pavão Misterioso.
MANUEL
CAMILO DOS SANTOS, cantador violeiro, poeta popular, tipógrafo,
xilógrafo, datilógrafo, horoscopista, escritor e editor nasceu no dia 9
de junho de 1905, no Município de Guarabira (PB). Foi criado na
agricultura, mas a partir dos 18 anos dedicou-se ao comércio ambulante
com uma tropa de burros de seu pai. Em 1936, já morando na capital João
Pessoa e trabalhando como marceneiro, adota a cantoria como profissão,
porém em 1940 abandona essa profissão, transfere-se para Campina Grande e
lá inicia sua vida de poeta popular.
Todavia, em 1942 retorna para Guarabira, desta vez para instalar a Tipografia e Folhetaria Santos, que se expande e leva seu proprietário a transferi-la, em 1953, para Campina Grande. Próspera, a Folhetaria faz de Manuel Camilo um editor bem sucedido e, em 1957, tendo adquirido novos equipamentos, ele a reinaugura com o nome de A Estrella da Poesia.
Todavia, em 1942 retorna para Guarabira, desta vez para instalar a Tipografia e Folhetaria Santos, que se expande e leva seu proprietário a transferi-la, em 1953, para Campina Grande. Próspera, a Folhetaria faz de Manuel Camilo um editor bem sucedido e, em 1957, tendo adquirido novos equipamentos, ele a reinaugura com o nome de A Estrella da Poesia.
Obra em francês
Tendo publicado, de autoria própria, mais de 150 folhetos, teve como obra-prima, segundo o pesquisador Átila de Almeida, o folheto Viagem a São Saruê, que teve uma versão para o francês, Voyage a São Saruê,
feita pela professora Idelete Muzart. No dia 8 de abril de 1987,
faleceu em Campina Grande. Orígenes Lessa o chamava de “outro gigante do
Nordeste” ou “uma das mais extraordinárias figuras dessa literatura (de
cordel): Manuel Camilo dos Santos”.
Em sua
homenagem, durante os festejos do maior São João do mundo, no Arraial
Sítio São João, em Campina Grande, é instalada uma casa-folhetaria na
qual ficam abertos para visitação pública peças e maquinários da Estrella da Poesia.Muitos foram os seus títulos reeditados, entre eles podemos citar o clássico Viagem a São Saruê, As palhaçadas de Biu, O sabido sem estudo e O filho de Garcia.
Se no primeiro folheto o autor se desvia das temáticas tradicionais
(cangaço, pelejas, religião), e viaja em sonhos que, segundo Orígenes
Lessa, é uma versão sertaneja do Vou-me embora pra Pasárgada,
de Manuel Bandeira; no último folheto, conforme a opinião de Augusto de
Campos, produz um poema de vanguarda, uma “concreção”.
(Por Maurilio Antonio Dias de Sousa )
(Por Maurilio Antonio Dias de Sousa )
MANOEL
CÂNDIDO DA SILVA nasceu em Piancó, PB, aos 10 de setembro de 1922. Foi
poeta popular, vendedor de folhetos e ourives, e, ao tornar-se pastor
evangélico, renunciou ao cordel. No tempo em que vendia folhetos pelas
feiras, era muito querido por seus colegas poetas e pelo público em
geral. Residia à Rua Alto de Aracaju, 229, em Propriá, Sergipe. Segundo
informação do vate sergipano, João Firmino Cabral, Manoel Cândido
faleceu recentemente. Entre suas obras, destacam-se: Jônatas e Mauriceia, Edgar e Estelita, Risoleta e Juvino, Manassés e Marili entre a luta e o amor.
MANOEL
MONTEIRO DA SILVA (em arte, MANOEL MONTEIRO) nasceu em Bezerros,
Pernambuco, no dia 4 de Fevereiro de 1937. É o mais inspirado poeta
popular brasileiro em atividade, e um dos grandes responsáveis pela
difusão da literatura nas escolas. Propagandista do NOVO CORDEL,
reivindicando a atualização dos temas e a adequação da linguagem aos
novos tempos, imprescindíveis à sobrevivência da literatura popular em
verso. Detalhista, meticuloso, aborda em seus folhetos temas variados e
polêmicos, com surpreendente objetividade. Dentre os muitos títulos de
sua autoria, destacam-se: O Castigo da Soberba; Uma Tragédia de Amor ou A Louca dos Caminhos; Peleja de Manoel Camilo com Manoel Monteiro; Padre Cícero: Político ou Padre? Cangaceiro ou Santo?.
Vive presentemente em Campina Grande – PB, divulgando a cultura e a
história do estado que o acolheu através do Projeto Paraíba, Sim
Senhor!, onde apresenta resumos biográficos de ilustres filhos deste
estado. É membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, onde
ocupa a Cadeira de número 38, patroneada pelo poeta pernambucano Manoel
Tomaz de Assis.
MANOEL D’ALMEIDA FILHO nasceu em Alagoa
Grande, Paraíba, a 13 de outubro de 1914 e faleceu em Aracaju, Sergipe, a
8 de junho de 1995. Filho de Manoel Joaquim D’Almeida e Josefa Pastora
da Conceição. Durante algum tempo foi cantador; porém é como poeta de
bancada que se sobressaiu com uma obra extensa e de admirável qualidade.
O seu primeiro folheto foi escrito em 1936: A Menina que Nasceu Pintada com as Sobrancelhas Raspadas.
Por muitos anos manteve uma banca de folhetos em Aracaju, cidade em que
viveu a maior parte de sua vida, exercendo salutar influência sobre um
grupo de bons poetas da região, lutando pela atualização e correção da
literatura de cordel. Em 1955 ajudou Rodolfo Coelho Cavalcante a
organizar o primeiro Congresso de Trovadores e Violeiros, realizado em
Salvador. Por esta ocasião, entrou em contato com a Editora Prelúdio
(antecessora da Luzeiro) de São Paulo, onde publicaria boa parte de sua
obra.
Entre os muitos títulos que legou à posteridade destacam-se: A Sorte do Amor, Rufino, o Rei do Barulho, Padre Cícero, o Santo do Juazeiro, Os Quatro sábios do reino, A Vitória de Floriano e a Negra Feiticeira, Vicente, o Rei dos Ladrões, Jesus e o Mestre dos Mestres, Josafá e Marieta, O Monstro Misterioso, O Feitiço Por Cima de Feiticeiro, O Lobisomem Encantado, A Noiva do Diabo, Os Três Conselhos da Sorte, O Comprador de Barulho, Quando a Coragem Triunfa, Os Amigos do Barulho e o Bandido Carne Frita, O Sacrifício do Amor e o Noivo Ressuscitado, O Homem que numa Hora Passou Cem Anos Andando, O Príncipe enterrado Vivo e a Rainha Justiceira, Os Dois Amigos Leais, A Camponesa e o Príncipe Encantado, O Vaqueiro do Barulho, A Luta de Zé do Caixão com o Diabo. As suas obras sobre o cangaço ocupa lugar privilegiado na poesia popular destacando na sua extensa bibliografia Os Cabras de Lampião, a obra-prima do autor e, indubitavelmente, a melhor biografia em versos sobre o famoso cangaceiro. Almeida era revisor e selecionador de textos da Editora Luzeiro. Seu desaparecimento, em 1995, deixou uma lacuna impossível de ser preenchida. Em numero de versos, sua obra é a mais extensa da poesia popular brasileira.
Entre os muitos títulos que legou à posteridade destacam-se: A Sorte do Amor, Rufino, o Rei do Barulho, Padre Cícero, o Santo do Juazeiro, Os Quatro sábios do reino, A Vitória de Floriano e a Negra Feiticeira, Vicente, o Rei dos Ladrões, Jesus e o Mestre dos Mestres, Josafá e Marieta, O Monstro Misterioso, O Feitiço Por Cima de Feiticeiro, O Lobisomem Encantado, A Noiva do Diabo, Os Três Conselhos da Sorte, O Comprador de Barulho, Quando a Coragem Triunfa, Os Amigos do Barulho e o Bandido Carne Frita, O Sacrifício do Amor e o Noivo Ressuscitado, O Homem que numa Hora Passou Cem Anos Andando, O Príncipe enterrado Vivo e a Rainha Justiceira, Os Dois Amigos Leais, A Camponesa e o Príncipe Encantado, O Vaqueiro do Barulho, A Luta de Zé do Caixão com o Diabo. As suas obras sobre o cangaço ocupa lugar privilegiado na poesia popular destacando na sua extensa bibliografia Os Cabras de Lampião, a obra-prima do autor e, indubitavelmente, a melhor biografia em versos sobre o famoso cangaceiro. Almeida era revisor e selecionador de textos da Editora Luzeiro. Seu desaparecimento, em 1995, deixou uma lacuna impossível de ser preenchida. Em numero de versos, sua obra é a mais extensa da poesia popular brasileira.
MANOEL
PEREIRA SOBRINHO (PEREIRA, MANOEL PEREIRA ou MANOEL nos acrósticos)
nasceu no Distrito de Passagem, município de Patos de Espinhara, PB, aos
6 de agosto de 1918. Poeta popular, entre 1948 e 1956 foi editor em
Campina Grande, PB. Nos fins da década de 50, mudou-se para São Paulo,
ligando-se à Editora Prelúdio (antecessora da Editora Luzeiro), para a
qual reescreveu romances de Leandro e de outros autores famosos,
conservando os títulos originais. Sua produção é muito grande, e nela se
destacam os romances. Caracterizou-se por dizer o que pensava em termos
rudes, tendo às vezes sido malquisto por isso. Sobrinho, Morto em 1996,
é um dos grandes versificadores da história do cordel.
Folhetos lançados pela Editora Luzeiro: A escrava do destino, Dimas e Madalena nos labirintos da sorte, Helena, a virgem dos sonhos, Os sofrimentos de Célia ou As três espadas de dores, Rosinha e Sebastião, Tiradentes, o Mártir da Independência.
Folhetos lançados pela Editora Luzeiro: A escrava do destino, Dimas e Madalena nos labirintos da sorte, Helena, a virgem dos sonhos, Os sofrimentos de Célia ou As três espadas de dores, Rosinha e Sebastião, Tiradentes, o Mártir da Independência.
MARCO
HAURÉLIO nasceu na localidade Ponta da Serra, município de Riacho de
Santana, sertão baiano, no dia 05 de julho de 1974. Filho de Valdi
Fernandes Farias e Maria Fernandes de Souza Farias. Poeta, pesquisador
de cultura popular, é, atualmente, editor da Nova Alexandria, de São
Paulo, pela qual coordena a Coleção Clássicos em Cordel. Para esta
coleção adaptou A megera domada, de William Shakespeare, e O Conde de Monte Cristo, de
Alexandre Dumas. Licenciou-se em Letras Vernáculas pela Universidade do
Estado da Bahia-UNEB, Campus VI - Caetité. Autor, entre outros, de Galopando o Cavalo Pensamento, A maldição das sandálias do pão-duro Abu Kasem,
editados pela Tupynanquim, de Fortaleza, Ceará. Ministra palestras e
oficinas sobre cordel e cultura popular. Vários títulos seus foram
lançados pela Editora Luzeiro: A briga do major Ramiro com o Diabo, A idade do diabo, As Três Folhas da Serpente, O herói da Montanha Negra, Nordeste, terra de bravos, História de Belisfronte, o filho do pescador, História da Moura Torta, O romance do príncipe do reino do Limo Verde, Serra do Ramalho, um Brasil que o Brasil precisa conhecer, Presepadas de Chicó e Astúcias de João Grilo, O Cordel: sua história, seus valores (com João Gomes de Sá) e Os Três Conselhos Sagrados. Autor, ainda, dos livros infantis A lenda do Saci-Pererê em cordel, Traquinagens de João Grilo (estes dois pela Paulus Editora), O príncipe que via defeito em tudo (Acatu) e Os três porquinhos em cordel(Nova Alexandria). Pesquisador da cultura popular, reuniu várias histórias contadas pelo povo nas antologias Contos folclóricos Brasileiros (Paulus) e Contos e fábulas do Brasil (Nova Alexandria). O melhor de sua produção poética foi reunido no livro Meus romances de cordel (Global Editora).
MARIA ILZA BEZERRA nasceu no dia 22 de dezembro de 1959, em Fronteiras, Piauí. Alfabetizada pela sua mãe costureira, o seu primeiro contato com o mundo da leitura foi por meio dos romances de cordel, dentre eles: Iracema, de Alfredo Pessoa de Lima, O Macaco Misterioso, de João José da Silva, O Pavão Misterioso e Coco-Verde e Melancia, de José Camelo de Melo Resende, que lia diariamente para seus pais e vizinhos idosos. Mais tarde descobriu os clássicos da literatura, dentre eles William Shakespeare, de quem adaptaria, depois, para o cordel, a tragédia Romeu e Julieta, lançada pela Editora Luzeiro. Graduada em Letras-Português-Inglês-Literatura. Especialista em Literatura Brasileira, Ensino e Comunicação e Cultura. Com sua itinerância estudantil: Fronteiras-PI, Teresina-PI, Campos Sales-CE, Picos-PI, Araripina-PE, Maceió-AL. Em 1986 mudou-se para Maceió-AL, onde morou 13 anos. Em 2000 retornou para sua cidade de origem, onde morou por 5 anos. Em 2005, fixou-se em Teresina, onde reside atualmente com seus três filhos.
MARIA ILZA BEZERRA nasceu no dia 22 de dezembro de 1959, em Fronteiras, Piauí. Alfabetizada pela sua mãe costureira, o seu primeiro contato com o mundo da leitura foi por meio dos romances de cordel, dentre eles: Iracema, de Alfredo Pessoa de Lima, O Macaco Misterioso, de João José da Silva, O Pavão Misterioso e Coco-Verde e Melancia, de José Camelo de Melo Resende, que lia diariamente para seus pais e vizinhos idosos. Mais tarde descobriu os clássicos da literatura, dentre eles William Shakespeare, de quem adaptaria, depois, para o cordel, a tragédia Romeu e Julieta, lançada pela Editora Luzeiro. Graduada em Letras-Português-Inglês-Literatura. Especialista em Literatura Brasileira, Ensino e Comunicação e Cultura. Com sua itinerância estudantil: Fronteiras-PI, Teresina-PI, Campos Sales-CE, Picos-PI, Araripina-PE, Maceió-AL. Em 1986 mudou-se para Maceió-AL, onde morou 13 anos. Em 2000 retornou para sua cidade de origem, onde morou por 5 anos. Em 2005, fixou-se em Teresina, onde reside atualmente com seus três filhos.
MINELVINO FRANCISCO SILVA nasceu na Fazenda
Olhos D'água de Belém, município de Mundo Novo, BA, aos 29 de novembro
de 1926, e faleceu em Itabuna, BA, no dia em que fazia aniversário, no
ano de 1998. Além de trovador, era xilógrafo, fotógrafo e tipógrafo.
Incansável batalhador pelos direitos dos poetas populares, em 1956
apresentou um projeto à Câmara de Vereadores de Itabuna, dando a
denominação de Rua dos Trovadores a uma das vias públicas da cidade.
Lutou também para conseguir o direito de aposentadoria para os
trovadores. Profundamente religioso, místico até, denominava-se O
Trovador Apóstolo. Muito fecundo, sua obra aproxima de meio milhar de
folhetos. É falecido. Vários títulos de sua lavra foram lançados pela
Editora Luzeiro: A segunda vida de Cancão de Fogo, Antônio Conselheiro e a Guerra de Canudos, Encontro de Cancão de Fogo com Pedro Malazarte, História do bicho de sete cabeças, História do gigante Quebra-Osso e o castelo mal-assombrado, História do valente João Acaba-Mundo e a serpente negra, História do vaqueiro Damião, João Valente e a montanha maldita, O Cangaceiro do Nordeste, O Martim Tomba-Serra e o gigante do deserto.
MOREIRA
DE ACOPIARA nasceu em julho de 1961, no Sítio Cantinho, município de
Acopiara, interior do Ceará, onde viveu até os 20 anos de idade. Foi
alfabetizado pela mãe, entre os trabalhadores da fazenda e a leitura de
livros de bons autores como Graciliano Ramos, Machado de Assis, Patativa
do Assaré, entre outros. Poeta estudioso e conhecedor da cultura
popular brasileira, exímio declamador, Moreira de Acopiara
frequentemente tem sido convidado para proferir palestras e ministrar
oficinas e workshops sobre literatura de cordel, xilogravura e repente,
nos quatro cantos do Brasil. Autor de quase uma centena de folhetos e de
vários livros de poemas e infantojuvenis, como As Aventuras de Robinson Crusoé (Nova Alexandria), Medo: eu, hem! e Cordel em Arte e Versos (Duna Duetto).
NATANAEL DE LIMA ( NDELIMA nos acrósticos )
nasceu aos 11 de janeiro de 1922, na então vila ( hoje cidade ) de
Fagundes, município de Campina Grande, PB. De família pobre, não pôde
estudar, e começou a vida como agricultor. Em 1940 cantava emboladas. Em
1942 comprou uma viola, por influência do cantor violeiro Manoel
Fabrício da Silva (Asa Branca), com quem passou a cantar no sertão
paraibano, ganhando renome em pouco tempo. Em 1946 publicou seu primeiro
livro, O Brasil em decadência, que teve grande êxito em todo o Nordeste; em seguida publicou Zuzu e Carmelita, Josino e Nestorina, João sem Direção, Genival e Belinha e muitos outros. Em 1950, vindo ao Rio de Janeiro, conquistou o primeiro lugar cantando no programa Onde está o poeta,
de Almirante; ainda nessa viagem ganhou um prêmio, desafiando seis
poetas cantadores no Teatro João Caetano. Voltando à Paraíba,
negligenciou a poesia e foi trabalhar como carpinteiro, na construção
civil. É falecido. Folhetos lançados pela Editora Luzeiro: O ferreiro das três idades, O escravo fiel, O romance de João sem Direção.
NEZITE
ALENCAR nasceu no sítio Olho D’água dos Guálteres, distrito de
Quixariú-Campos Sales-CE. É graduada em História pela Universidade
Regional do Cariri, com especialização em História do Brasil. Professora
aposentada, escreve poesia desde a adolescência. Publicou em 1987 seu
primeiro livro Em Forma de Coração, seguido por Flor do Mato (poesia) em 2006.
Na Coleção Cordel da Editora Paulus tem três títulos publicados: Canudos, o movimento e o massacre em cordel, Tiradentes e a Inconfidência Mineira e Afro-Brasil em cordel. Pela mesma editora lançou recentemente o paradidático Cordel das Festas e Danças Populares. Foi selecionada para o Prêmio Mais Cultura de Literatura De Cordel - 2010, do Ministério da Cultura, com o livro infantil Juanito e o monstro marinho. Membro da Academia dos Cordelistas do Crato desde 2006, Nezite ocupa a cadeira 21.
CONTATOS: Telefone: (88) 3521-4678
E-mail: nezitealencar@globo.com
PAULO NUNES BATISTA
nasceu em João Pessoa, Paraíba, em 1924. Cordelista, advogado e
jornalista, é filho do famoso poeta Francisco das Chagas Batista. O
autor desfruta de grande prestígio na Literatura de Cordel, tendo seu
nome citado na Grande Enciclopédia Delta Larousse. Seus textos poéticos
foram traduzidos até para o japonês. Escreveu e editou dezenas de
livros, sendo, no cordel, o ABC a modalidade que mais abraçou. Autor,
entre outros títulos, de Zé Bico Doce, o Rei da Malandragem, Os Crimes do Goianão, As Astúcias de Bertoldo, As Novas Proezas de João Grilo, Um Drama nas Selvas do Amazonas, O Negrinho do Pastoreio, As Lábias de Coré Mãozinha, O Desafio de João Fava com Juca Baiacu, O Negrinho do Pastoreio etc. Vive presentemente em Anápolis, Goiás.
PEDRO MONTEIRO,
filho dos lavradores Raimundo Monteiro de Carvalho e Maria Verônica de
Carvalho, nasceu aos 25 de Março de 1956, em Campo Maior, Piauí. Teve
uma infância tipicamente roceira ouvindo contos e histórias à luz de
lamparina e, principalmente, nos terreiros enluarados. Têm raízes
fincadas em solos "brasis" nordestinos, onde viveu até seus dezessete
anos, e depois, na periferia paulistana, adquirindo largas experiências,
inserido nas lutas por justiça social e desenvolvimento humano. Tudo
isso, acrescido de muito esforço na observação dos sentidos e nas
centenas de livros devorados caprichosamente.
Apreciador e divulgador do cordel, do teatro, e de outras formas de expressão da arte e da cultura popular. Atuou como ator nas peças: Saúde! Salve-se quem puder e em Danação, entre outras. Publicou pela Editora Luzeiro os cordéis: Chicó, o menino das cem mentiras e pela Editora Tupynanquim João Grilo, um presepeiro no Palácio, que integra a Antologia do cordel brasileiro (a ser publicada pela Global Editora).
Apreciador e divulgador do cordel, do teatro, e de outras formas de expressão da arte e da cultura popular. Atuou como ator nas peças: Saúde! Salve-se quem puder e em Danação, entre outras. Publicou pela Editora Luzeiro os cordéis: Chicó, o menino das cem mentiras e pela Editora Tupynanquim João Grilo, um presepeiro no Palácio, que integra a Antologia do cordel brasileiro (a ser publicada pela Global Editora).
Joaquim Batista de Sena, Rodolfo, Alberto Porfírio e Carolino Leobas |
RODOLFO COELHO
CAVALCANTE nasceu em Rio Largo, AL, aos 12 de março de 1919, filho de
Artur de Holanda Cavalcante e Maria Coelho Cavalcante. Morreu atropelado
em frente à sua casa no bairro da Liberdade, em 1987. Aos 13 anos de
idade, deixou a casa paterna. Percorreu todo o interior dos estados de
Alagoas, Sergipe, Ceará, Piauí e Maranhão, como propagandista, palhaço
de circo e camelô. Fixando-se em Salvador, BA, desde 1945 escreve suas
histórias em versos e milita no jornalismo. Era membro fundador da
Associação de Imprensa Periódica da Bahia, e filiado à Associação Baiana
de Imprensa. Trovador entusiasta, fundou A voz do trovador, O trovador e
Brasil poético, órgãos do movimento trovadoresco. Tem idealizado e
realizado muitos movimentos, visando à união dos cantadores. Em julho de
1955, com Manoel D'Almeida Filho e outros expoentes da poesia popular,
realizou o 1º Congresso Nacional de Trovadores e Violeiros, ocasião em
que foi fundada a Associação Nacional de Trovadores e Violeiros, hoje
Grêmio Brasileiro de Trovadores, com sede em Salvador, BA. Sua obra é
extensa e das mais variadas.
Representante da Editora Luzeiro, publicou por esta casa editorial várias obras, entre elas: A chegada de Lampião no céu, ABC dos namorados, do amor, do beijo, da dança, História do Príncipe Formoso, O mundo vai se acabar, Quem ama mulher casada não tem a vida segura.
Rouxinol ao lado de sua filha, a também cordelista Julie Ane |
ROUXINOL
DO RINARÉ nasceu em Rinaré, Quixadá-CE, aos 28 de setembro de 1966.
Recebeu na pia batismal o nome de Antonio Carlos da Silva. Poeta
cordelista, com mais de 50 títulos publicados em cordel, a maioria pela
Tupynanquim Editora. Seu trabalho como cordelista já foi citado nos
principais jornais e revistas do Brasil, e também na França nas
revistas Latitudes, Quadrant e Infos Brésil. Seu cordel Antonio Conselheiro e a guerra de Canudos (em
parceria com Queiroz de França) foi citado numa prova de história do
vestibular da UFC. Foi premiado nacionalmente com o 1º lugar no I
Concurso Paulista de Literatura de Cordel (2002) e 2º lugar na segunda
edição do mesmo concurso, em 2003. Entre outras atividades ministra
oficinas de Literatura de Cordel. Três títulos de sua autoria figuram,
certamente, entre os clássicos do cordel: O Justiceiro do Norte, O Alienista e O Guarda-Floresta e o Capitão de Ladrões.
SÁTYRO
XAVIER BRANDÃO é um poeta popular natural de Propriá, SE. Costumava
assinar suas obras simplesmente como Sátyro. Faleceu na primeira metade
do século XX, tendo registrado boa parte de sua sofrida existência no
folheto O Exemplo da Mocidade. Fez parte das levas de sergipanos pioneiros que desbravaram o sul da Bahia, quando da introdução da cultura do cacau. Suas obras mais conhecidas são A triste sorte de Jovelina e O exemplo da mocidade.
SEVERINO BORGES SILVA nasceu aos 8 de outubro de 1919, em Aliança, PE.
Faleceu em 1991. Violeiro improvisador e poeta popular de grande talento
e inspiração, criou e versou muitos folhetos de Literatura de Cordel.
Estudioso e inteligente, era um dos maiores improvisadores do Nordeste.
Vendia folhetos, esporadicamente, pois sua maior fonte de renda era a
viola, da qual tirava a manutenção de sua numerosa família. Residia em
Timbaúba, PE. Adquiridos junto a João José da Silva, vários textos de
sua autoria foram relançados pela Luzeiro de São Paulo: A Princesa Anabela e o filho do lenhador, Amor de mãe, O cavaleiro das flores, O romance da Princesa do Reino do Mar Sem Fim, O valente Felisberto ou O Reino dos Encantos, O verdadeiro romance do herói João de Calais, Peleja de Severino Borges com Patativa do Norte.
SEVERINO GONÇALVES DE OLIVEIRA (também conhecido por Cirilo de Oliveira, ou simplesmente Cirilo, como usava nos acrósticos), foi xilógrafo e trovador. Na temática de suas obras de Literatura de Cordel, predominam a religião e a bravura. Morreu assassinado no município de Gravatá, estado de Pernambuco. Alguns títulos de sua lavra: A vitória do príncipe Roldão no Reino do Pensamento, As perguntas do rei e as respostas de Camões, Cidrão e Helena.
SEVERINO GONÇALVES DE OLIVEIRA (também conhecido por Cirilo de Oliveira, ou simplesmente Cirilo, como usava nos acrósticos), foi xilógrafo e trovador. Na temática de suas obras de Literatura de Cordel, predominam a religião e a bravura. Morreu assassinado no município de Gravatá, estado de Pernambuco. Alguns títulos de sua lavra: A vitória do príncipe Roldão no Reino do Pensamento, As perguntas do rei e as respostas de Camões, Cidrão e Helena.
SEVERINO MILANÊS DA SILVA nasceu em Bezerros, Pernambuco. Foi cantador e poeta popular, e entre suas obras merecem destaque: A greve dos animais, História de Luís e Noêmia, História do Valentão do Mundo, Peleja de Severino Pinto com Severino Milanês, entre outras. Seu mestre foi o grande poeta paraibano José Galdino da Silva Duda. Segundo o professor Roberto Benjamin, "Sua produção é bastante diversificada. É autor do Forte Pernambucano,
escrito na década de 40, um marco, gênero de poema mais longo realizado
pelos poetas de gabinete, isto é, por aqueles que só escreviam e em
geral não eram cantadores, ampliando ainda mais seu campo de ação, já
que possuía fama de grande repentista e glosador."
SILVINO PIRAUÁ DE LIMA, cantador e poeta
popular, nasceu em Patos, Paraíba, em 1848 e morreu em Bezerros,
Pernambuco, em 1913, vitimado pela varíola. Acompanhava o famoso Romano
do Teixeira em suas andanças pelo Norte e Nordeste. Foi o popularizador
do romance rimado, no Nordeste brasileiro. Autor dos seguintes folhetos, entre muitos outros: História de Zezinho e Mariquinha, História do capitão do navio, Três moças que quiseram casar com um só moço, A vingança do sultão, Descrição da Paraíba, Descrição do Amazonas, História da Princesa Rosa.
Vânia Freitas (Maria Vânia F. de Alencar Carvalho Frota) – cordelista,
trovadora, atriz, nasceu em 1948, Fortaleza (CE), filha do poeta
Alencar (1905-1959). Licenciada em Letras, com especialização na área da
de administração pública. Embora tenha abraçado a literatura de cordel
há alguns anos, é possuidora de rica poética. Vários títulos publicados,
desses muitos são citados em artigos de jornais e em monografias. Tem
os cordéis Viva mais alegre saudável com a plantas medicinais no livro Romaria de Versos de Francisca Pereira dos Santos (Fanka), Expressão Gráfica e Editora Ltda, Fortaleza(CE), 2008; Do pau de arara à presidência da República no livro Lula na Literatura de Cordel, editora Imeph, Fortaleza (CE), 2009. Também desenvolve a técnica de arte plástica. Como cordelista representou o Cecordel em 2005, no 1º Congresso Internacional de Literatura de cordel em João Pessoa, Paraíba. Em 2005 e 2007, representou a mesma entidade no Congresso Cearense de Folclore em Limoeiro do Norte(CE). No I Encontro Mestres do Mundo na mesma cidade. Esteve
presente no II Festival de Trovadores e Repentistas em Quixadá (sertão
central). Participou das Bienais Internacionais do Livro acontecidas em
2006 e 2008 em Fortaleza(CE). Em 2007, Recebeu a estatueta de São Gonçalo no III Festival de Trovadores e Repentistas em Senador Pompeu(CE). Em 2007, recebeu o I Prêmio Construindo
a Igualdade de Gênero na Cultura Popular Nordestina em João Pessoa
(PB). É esposa do poeta cordelista Gerardo Carvalho (Pardal).
VARNECI SANTOS DO NASCIMENTO nasceu em Banzaê, Bahia, no dia 24 de abril de 1978. Revelação da poesia popular, Varneci é autor de mais de 150 folhetos de cordel, muitos dos quais contam histórias bíblicas. Seu primeiro folheto foi escrito em 1998. Graduado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, profere palestras sobre literatura de cordel em diversos espaços culturais,. Atualmente, reside em São Paulo, onde presta serviço à editora Luzeiro, especialmente na seleção de títulos a serem publicados. Autor, entre outros, dos seguintes títulos: O massacre de Canudos, A morte e a justiça, Cangaço – um movimento social, Visita de Lampião a Padre Cícero no Céu, Os dez mandamentos do preguiçoso, A mãe abandonada. Para a Coleção Clássicos em Cordel, da editora Nova Alexandria, escreveu Memórias póstumas de Brás Cubas e A escrava Isaura.
VARNECI SANTOS DO NASCIMENTO nasceu em Banzaê, Bahia, no dia 24 de abril de 1978. Revelação da poesia popular, Varneci é autor de mais de 150 folhetos de cordel, muitos dos quais contam histórias bíblicas. Seu primeiro folheto foi escrito em 1998. Graduado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, profere palestras sobre literatura de cordel em diversos espaços culturais,. Atualmente, reside em São Paulo, onde presta serviço à editora Luzeiro, especialmente na seleção de títulos a serem publicados. Autor, entre outros, dos seguintes títulos: O massacre de Canudos, A morte e a justiça, Cangaço – um movimento social, Visita de Lampião a Padre Cícero no Céu, Os dez mandamentos do preguiçoso, A mãe abandonada. Para a Coleção Clássicos em Cordel, da editora Nova Alexandria, escreveu Memórias póstumas de Brás Cubas e A escrava Isaura.
VICENTE VITORINO DE MELO nasceu em
Limoeiro-PE, em 16 de novembro de 1917. Foi cantador de viola até 1950. A
partir daí começou a escrever folhetos e publicar um almanaque anual de
astrologia - o Almanaque do Nordeste, que existe desde 1952. Seu primeiro folheto data de 1948: O exemplo da asa branca profetizado por Frei Damião. Reside atualmente em Caruaru-PE e possui alguns originais ainda inéditos. Um deles foi publicado pela Tupynanquim Editora: O príncipe Alípio - ou o julgamento de Satanás, no qual Vicente demonstra ser um bom poeta de bancada. Sua obra mais conhecida é A discussão de um crente com um cachaceiro, um dos clássicos do gênero. São de sua autoria, além dos já citados, os seguintes folhetos: A filha da peregrina, A firmeza de Alzira e o heroísmo de Zezinho, Exemplo dos quatro conselhos, História de Alexandrino e Aulina, História de Luizinho e o velho feiticeiro, Horrores que a Asa Branca traz, João Sabido e o cacetinho mágico, O horror da carestia.
(Por Arievaldo Viana)
Nota: Por
dois anos trabalhei na editora Luzeiro, lançando novos autores,
relançando clássicos de autores como Leandro Gomes de Barros e Delarme
Monteiro da Silva e organizando o acervo. Outra tarefa foi a atualização
biobibliográfica, continuando o trabalho do saudoso professor Hélio
Cavenaghi (1924-1984). Parte desta pesquisa, com algumas adaptações,
está aqui reproduzida. As outras fontes a que recorri, como o professor
Maurílio Dias e o cordelista e pesquisador Arievaldo Viana, aparecem
creditadas abaixo da nota biográfica. Este dicionário, embora não se
pretenda completo, será constantemente atualizado.
Fontes:
www.editoraluzeiro.com.br
ALMEIDA, Átila, ALVES SOBRINHO, José. Dicionário biobiliográfico de repentistas e poetas de bancada. João Pessoa: Editora universitária, 1978.
CASCUDO, Luís da Câmara. Vaqueiros e cantadores. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1984.
LIMA, Egídio Oliveira. Folhetos de Cordel. João Pessoa: Editora Universitária, 1978.
LOPES, José Ribamar (org.). Literatura de Cordel; antologia. Fortaleza: Banco do Nordeste do Brasil, 2004.
***
FONTE PRINCIPAL: http://marcohaurelio.blogspot.com.br/2011/06/dicionario-basico-de-autores-de-cordel.html
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