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Coisas de Cantador do nosso sertão
Oliveira Sá, poeta e repentista cearense, que fez muito sucesso na
década de 1970, certa vez se deparou com um desafio no mínimo
inusitado.
Oliveira Sá, poeta e repentista cearense, que fez muito sucesso na
década de 1970, certa vez se deparou com um desafio no mínimo
inusitado.
Após o conserto de seu Gordini, ouviu do dono da oficina, que o
conserto ficaria de graça, caso ele fizesse um verso, falando sobre a
própria "rôla" (a de Oliveira Sá). Surpreso e ao mesmo tempo
indignado, Oliveira resolveu brincar com o dono da oficina e a
descreveu assim:
conserto ficaria de graça, caso ele fizesse um verso, falando sobre a
própria "rôla" (a de Oliveira Sá). Surpreso e ao mesmo tempo
indignado, Oliveira resolveu brincar com o dono da oficina e a
descreveu assim:
Vivia caçando briga
Furando pé de barriga
Doidinha pra fazer gente
Mas hoje tá diferente
No mais profundo abandono
Dormindo um eterno sono
Não quer mais saber de nada
Com a cabeça encostada
Na porta do cú do dono
Já fez muita estripulia
Firme que só um bambu
Mais parecia um tatu
Fuçava depois cuspia
Reinava na putaria
O "priquito" era seu trono
Trepava sem sentir sono
E sem precisar de escada
Mas hoje vive enfadada
Na porta do cú do dono
Nunca mais desvirginou
Uma mata vaginosa
Há muito tempo não goza
Noite de gala acabou
Vive cheia de pudor
Sonolenta e sem abono
Faz da ceroula um quimono
E da cueca uma estufa
Vive hoje à cheirar bufa
Na porta do cú do dono".
E-MAIL FONTE DE:
Carlos Antonio Baptista Domingues da Silva
Wellington Maria dos Santos
CAMPINA GRANDE (PB)
58400-453
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