(Poeta Zé Artur) |
Meu
sertão eu ti adoro
Eu
não posso disprezae
Terra
de muita fartura
Pra
quem quiser trabalhar
No
sertão tem-se de tudo
Se
súber aproveitar.
*
No
sertão não vê zuada
Só
canto de passarinho
Só
se pode conversar
Lá
na casa do vizinho
E
quem quizer vida boa
Susegue
no seu cantinho.
*
Neste
sertão só si ouve
O
canto da siriema
O
gimido da sigarra
Lá
nos galho da jurema
O
cupido lá na seuva
Com
seu bonito puema.
*
Acho
bunito as uvelhas
No
patê dando pinote
E
um terreiro enfeitado
Pato,
galinha e capote
E
o bufado dos bodes
Lá
emcima do serote.
*
Acho
bunito a cantiga
Do
galo marcando a hora
Acordo
não durmo mais
Até
o ronper da aurora
Com
o cante dos canpinas
E
o brado da ciricora.
*
Bunito
e eu dou valor
Cortar
um queijo de faca
Pegar
a caneca e o baude
Tirar
o leite das vaca
De
bota e chapéu de couro
Vistido
com uma cazaca.
*
Acho
as galinha bunito
Lá
no canto saniando
Muito
ovos com fartura
E
os pintinho tirando
E
a muler satifeita
Sua
fazenda aumentando.
*
Acho
bunito um chiqueiro
Com
4 ou cinco sevado
Se
dando milho e baiando
E
tudo bem vacinado
É
fartura do sertão
E
tudo dá rezutado.
*
Acho
bunito o inverno
Quando
ele vai comesar
O
calor vapora a terra
As
águas pega aumentar
O
bardal saneia e põe
A
coam pega a cantar.
*
O
nuvueiro aumenta
Cubrindo
emcima da serra
O
relampo culareia
Truvão
estremece a terra
O
caponez animado
Até
as uvelhas berra.
*
Acho
bunito uma planta
Das
Carrera apulumada
Achuva
caindo emcima
A terra
toda molhada
E
o ligume nacendo
A
terra bem emfeitada.
*
Bunito
quando se chega
No
asero do rossado
Com
o inverno caindo
O
milho bem bunecado
O
lavrador se anima
Trabalha
mais animado.
*
Muito
bunito um rossado
A
gente sente aligria
Não
cancã de trabalar
Lutando
de dia a dia
Todo
emfeitado de fruta
De
melão e melancia.
*
Na
rossa eu tem sinpatia
Foi
nela que me criei
Da
rossa eu tudo disfruto
Nela
sempre apruveitei
Lutei
deramei suor
Um
paumo de terra comprei.
*
Hoje
já me apuzemtei
Isto
é direito que eu tinha
Eu
nunca pude enricar
Mais
sempre ando na linha
Dou
di cumer a família
Zelo
bem minha filinha.
*
Quando
eu pego a canetinha
Também
fasso puizia
Gosto
também da cultura
Não
tenho tempo de dia
Mais
sempre escrevo a noite
Pra
mim quem aprecia.
*
Meu
sertão da sipatia
De
tudo tem buniteza
O
meus campo fulorado
Eu
amo tua beleza
Quem
trabalha no sertão
Sempre
adora a natureza.
*
Sou
pueta sem defeza
Ninguém
nunca eu valor
Mais
eu nunca tive inveja
De
formado e nem dotor
Sou
um pueta da rossa
Pele
queimada mão grossa
Mas
sou m agricultor.
*
Eu
findei com muito amor
De
não puder aumentar
Não
falei nem na mtade
Que
o meu sertaozim dá
Eu
termino esta história
Mais
o que eu tem na mimória
O
meu tempo não vai dá.
*
Diculpem
de eu errar
Já
estou ruim pra escrever
Eu
moro em lisieux
Mais
gosto de trabalhar
Eu
trabalho di vagar
Por
cauzo da minha idade
Ainda
tenho saudade
De
fazer o que eu fazia
Eu
fasso pouco no dia
Mais
tenho felicidade.
Fim!
2012
Palavras do autor: (Sou fan da puizia, gosto de escrever quando tem tempo, sou do trabalho
da rossa e gosto mais não posso mais, estou fracassando, fasso ainda pouco.
Passo uns dias no sertão e sempre presto atenção das cauzas bunita do inverno).
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